Pílula anticoncepcional
A pílula oral é um tipo de anticoncepcional hormonal utilizado por muitas mulheres, com a principal finalidade de prevenir a gravidez. Ela é a primeira opção entre os métodos anticoncepcionais e é formada por hormônios esteroides como estrogênio e progesterona, semelhantes aos produzidos pelo ovário da mulher.
As pílulas atuam por meio da inibição da ovulação, além de tornar o muco cervical espesso, impedindo que o espermatozoide atinja o óvulo.
Atualmente as pílulas modernas possuem pouca dose hormonal e se tratando de métodos contraceptivos são muito eficazes quando usadas corretamente.
Tipos de pílulas
As pílulas podem ser:
a. Minipílulas: que possuem apenas o hormônio progesterona em sua fórmula. Geralmente contém 35 comprimidos que são tomados sem interrupção e dessa maneira é comum a mulher não menstruar;
b. Combinadas: associação de estrogênio e progesterona. Elas podem conter 21, 22, 24 ou 28 comprimidos.
Instruções para o uso das pílulas anticoncepcionais
Alguns cuidados são importantes para garantir a eficácia contraceptiva da pílula. Lembrando que antes de começar a tomar qualquer tipo de pílula, é importante procurar um médico ginecologista para orientação correta, que por meio de exames indicará a melhor pílula para cada caso.
As principais informações que você precisa saber ao iniciar o uso da pílula são:
· No primeiro mês de uso, ingerir o 1° comprimido no 1° dia do ciclo menstrual;
· Ingerir um comprimido por dia até o término da cartela, preferencialmente no mesmo horário para melhorar a eficácia;
· Ao final da cartela fazer uma pausa e iniciar a nova cartela, independentemente, do dia de início do fluxo menstrual. Se a cartela for de 21 comprimidos, pausar de sete dias, se for de 22 comprimidos, descansar seis dias, se tiver 24 pausar quatro dias e se for de 28 comprimidos não pausar, os últimos comprimidos são placebos;
· No caso de esquecimento do uso de uma pílula, a mesma deve ser ingerida imediatamente e a pílula regular no horário habitual ou ainda a ingestão das duas pílulas no mesmo horário;
· No caso de esquecimento de duas ou mais pílulas, a eficácia será comprometida e o uso de preservativos é recomendado;
· Alguns medicamentos como antibióticos podem reduzir a eficácia anticonceptiva da pílula, principalmente nos tratamentos prolongados e nestes casos é ideal utilizar métodos alternativos.
Benefícios não contraceptivos da pílula
A pílula anticoncepcional além de prevenir a gravidez, pode:
· Regular o ciclo menstrual, reduzindo o fluxo e as cólicas;
· Auxiliar no controle da acne;
· Prevenir tumores ginecológicos no ovário e no endométrio;
· Reduzir a frequência de cistos no ovário;
· Reduzir a anemia.
Efeitos secundários
A pílula anticoncepcional pode causar efeitos colaterais como:
· Alterações de humor;
· Náuseas e vômitos;
· Dores de cabeça;
· Mastalgia (dor nos seios);
· Redução da libido (desejo sexual);
· Aumento do risco de doenças cardiovasculares com a trombose;
· Aumento do risco de progressão do câncer de mama;
· Comprometimento da função hepática;
· Aumento do risco de hipertensão arterial;
· Aumento da progressão de tumores de fígado malignos ou benignos.
Fatores de risco
A frequência de complicações graves durante o uso das pílulas pode elevar-se consideravelmente com a presença dos seguintes fatores de risco:
· Lactantes;
· Mulheres fumantes;
· HIV positivo;
· Hipertensão arterial;
· Diabetes;
· Cirurgia de grande porte;
· Doença cardíaca;
· Doença vascular;
· Nódulo mamário;
· Doença da vesícula biliar;
· Anemia falciforme.
Por isso, apesar dos benefícios da pílula, as mulheres devem sempre usar este método anticoncepcional com cautela e com acompanhamento médico.