Insuficiência Cardíaca - O que você precisa saber
O que é?
A insuficiência cardíaca (IC) é uma doença cardiovascular na qual o coração fica incapacitado de bombear sangue em quantidade suficiente para suprir as necessidades do organismo. O bombeamento insuficiente prejudica a circulação, fazendo com que o sangue se acumule em diversas áreas do corpo, como por exemplo pulmões, fígado, braços e pernas. Com isso, a oferta de oxigênio e nutrientes para esses órgãos fica comprometida, prejudicando seu funcionamento.
Trata-se de uma doença complexa, que prejudica a qualidade de vida dos pacientes e, em suas formas mais avançadas, está associada a uma alta taxa de mortalidade.
Causas
Entre as principais causas da insuficiência cardíaca, destaca-se a hipertensão arterial, a doença arterial coronária (DAC) e a disfunção ventricular.
Além disso, alguns fatores de risco podem aumentar a incidência da IC, como ataque cardíaco, diabetes, consumo excessivo de sal, cardiopatias congênitas, entre outros.
Prevalência e incidência
Apesar do grande desenvolvimento tecnológico e maiores recursos farmacológicos, a incidência de IC vem aumentando a cada ano. Isso ocorre, em parte, pelo envelhecimento da população, já que a IC é mais frequente em idosos, além de ser mais comum em homens.
Sintomas
Alguns pacientes com IC não apresentam sintomas, mas em pacientes muito sintomáticos, a dispnéia, o cansaço (fadiga), e o edema provocam muito desconforto. Além disso, há outros sintomas como tosse, inchaço, ganho de peso, palpitações, dificuldade para dormir, náuseas, vômitos e perda de apetite.
Diagnóstico
O diagnóstico é realizado por um médico cardiologista clínico. Pode ser baseado na história clínica do paciente, nos sintomas apresentados (quando aparentes) e exames complementares, sobretudo de exames de imagem.
O raio-X de tórax e o ecocardiograma, por exemplo, permitem avaliar as estruturas do coração, bem como seu funcionamento, forma, tamanho e espessura. A angiotomografia coronariana possibilita a visualização não invasiva das artérias coronárias, permitindo a avaliação da presença de placas de gordura e variações anatômicas com imagens tridimensionais (3D). Há ainda, outros exames como a ressonância cardíaca e cineangiocoronariografia.
Tratamentos
O tratamento pode ser clínico ou cirúrgico. Para sua determinação, deve-se levar em conta a causa, os sintomas, o estágio da doença e as complicações clínicas apresentadas pelo paciente.
Tratamento Clínico
No tratamento clínica é realizado através da administração de medicamentos, cujo objetivo é reduzir as manifestações clínicas, a necessidade de hospitalizações e a mortalidade. Nas formas assintomáticas, o tratamento pode prevenir o aparecimento da doença também.
Os tipos de medicamentes utilizados podem ser classificados em digitálicos, diuréticos e inibidores da enzima conversora da angiotensina (ECA).
Digitálicos
Nos portadores de IC sintomáticos, o digital reduz a estimulação neuro-humoral, melhora o desempenho físico, reduz hospitalizações e não aumenta sua mortalidade. Porém, essa droga deve ser administrada com cuidado, pois em pacientes com arritmia e infarto do miocárdio pode haver um aumento da mortalidade.
Diuréticos
Os diuréticos são medicamentos indispensáveis para a compensação dos pacientes. Porém seu uso interfere na qualidade de vida dos pacientes, podendo causar hipopotassemia, elevação da creatinina e ácido úrico, hipotensão e câimbras. Porém, vários estudos vêm demonstrando que nas formas avançadas de IC o uso correto dos diuréticos é fundamental para manter o paciente compensado.
Inibidores da ECA
Em pacientes sintomáticos, a prescrição dos inibidores da ECA resulta na redução da dilatação das câmaras ventriculares e na melhora do desempenho cardíaco, na redução dos sintomas, melhora na qualidade de vida, redução do número de hospitalizações e redução da mortalidade. Dessa forma, a prescrição dos inibidores da ECA é eficiente nos vários estágios da IC.
Antagonistas da angiotensina II
São drogas vasodilatadoras com perfil semelhante aos inibidores da ECA. São uma boa opção de tratamento para aqueles que não toleram os inibidores da ECA. O tratamento com estes antagonistas modulam a estimulação neuro-humoral aumentada e reduzem as alterações hemodinâmicas características da IC.
Tratamento cirúrgico
O tratamento cirúrgico é indicado nos casos mais graves da doença e pode ser eficiente em muitos casos, eliminando a causa da IC.
Para os pacientes com disfunção ventricular avançada, três procedimentos cirúrgicos podem ser realizados: o transplante cardíaco, a ventriculectomia parcial e a cardiomioplastia.
O transplante cardíaco é o procedimento com indicações mais precisas e com resultados comprovados. Apesar das dificuldades para sua realização e de suas contraindicações, é um dos melhores tratamentos, principalmente nos portadores de formas avançadas de IC.
A cardiomioplastia é uma alternativa ao transplante cardíaco, na qual a contração
do músculo esquelético é estimulada eletricamente, aumentando a função ventricular. Porém esta técnica possui grandes limitações pelo custo do estimulador e pelas contraindicações para pacientes com formas avançadas.
A ventriculectomia é outra técnica utilizada como alternativa ao transplante. Ela melhora a condição e a função ventricular. No entanto, a aplicação clínica desse procedimento é limitada pela elevada mortalidade observada nos primeiros meses de pós-operatório.
Prevenção
A prevenção da IC pode ser realizada com um estilo de vida mais saudável, alimentação adequada e atividade física regular e não excessiva. Além disso, é importante procurar um médico cardiologista com regularidade para realizar exames periódicos e acompanhar a saúde do coração.
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