Câncer de pele
O que é?
O câncer de pele é uma doença que resulta do crescimento descontrolado (anormal) das células da pele, que se multiplicam rapidamente podendo gerar tumores.
O câncer de pele é mais comum entre todos os tipos de câncer. Apesar disso, é uma doença que se descoberta no início possui altas taxas de cura. Os tumores de pele podem ser benignos ou malignos.
Tumores benignos
Os tumores benignos são aqueles que apresentam crescimento anormal das células e não possuem a capacidade de invadir outros tecidos e órgãos (metástase), eles crescem lentamente e são mais fáceis de tratar.
Tumores malignos
Os tumores malignos são mais agressivos e podem ser divididos em melanoma e não melanoma.
Melanoma
O melanoma tem origem nos melanócitos, células produtoras de melanina responsáveis pela coloração da pele. Em geral, possui aparência de uma pinta ou uma mancha na pele, em tons marrons escuros, que mudam de cor, formato ou tamanho e podem sangrar.
Embora seja o tipo menos frequente de câncer de pele, é o mais difícil de ser diagnosticado e o que possui índice de mortalidade mais elevado. Apesar disso, em estágios iniciais, o melanoma, afeta apenas a camada mais superficial da pele, facilitando a remoção cirúrgica e a cura do tumor. Por isso, ao observar alguma mancha diferente na pele, é fundamental procurar um dermatologista o mais cedo possível.
Este tipo de tumor é considerado hereditário e, por isso, os familiares de pacientes com a doença devem fazer exames preventivos regularmente.
Não melanoma
O tumor maligno não melanoma é menos invasivo, sendo o tipo mais frequente de câncer de pele na população brasileira. Os principais tumores não melanomas são:
- carcinoma basocelular – CBC: tem origem nas células basais da epiderme e é o principal tipo de câncer de pele. É mais comum em idosos e geralmente aparece em áreas muito expostas ao sol como uma ferida vermelha que pode sangrar com facilidade. O carcinoma basocelular se desenvolve lentamente e dificilmente se espalha para outras áreas do corpo, tem baixo índice de mortalidade e pode ser curado facilmente em caso de detecção precoce. Porém, ele pode retornar e por isso, necessita de acompanhamento médico permanente.
- carcinoma espinocelular ou epidermóide – CEC: é o mais agressivo e de crescimento mais rápido, podendo invadir outros tecidos e órgãos. Ele tem origem na camada mais externa da epiderme e se apresenta na forma de feridas avermelhadas, com aparência de verrugas, que não cicatrizam e sangram ocasionalmente. Também pode surgir de cicatrizes antigas da pele em qualquer parte do corpo, até nos órgãos genitais, embora seja mais comum nas áreas expostas ao sol, como orelhas, rosto, couro cabeludo e pescoço.
Incidência
Os tumores de pele são o tipo de câncer mais comum do Brasil. O Instituto Nacional do Câncer (INCA) registra, a cada ano, cerca de 180 mil novos casos.
Fator de risco
A exposição excessiva ao sol é o principal fator de risco para o câncer de pele. Além disso, outros fatores que aumentam a probabilidade de ocorrência da doença são:
· Pessoas albinas;
· Pessoas de pele clara;
· Pessoas portadoras de xeroderma pigmentoso;
· Psoríase;
· Trabalhadores que se expõem ao sol diariamente;
· Pessoas que possuem histórico familiar de câncer de pele;
· Idosos;
· Exposição a produtos químicos;
· Cigarro.
Diagnóstico e sintomas
O diagnóstico é realizado por um médico dermatologista, que na maioria dos casos, consegue diagnosticar a doença apenas com exame físico.
Existem alguns sinais característicos do câncer de pele, que quando observados, devem ser analisados imediatamente pelo médico. Esses sinais podem ser:
· Lesão em forma de nódulo de coloração rósea, avermelhada ou escura;
· Pintas que possuem crescimento anormal e progressivo, com coceira, sangramento e mudança de coloração, espessura ou tamanho;
· Ferida que nunca cicatriza e que sangra com facilidade;
· Manchas antigas que mudam de cor, espessura ou tamanho;
· Pintas com bordas irregulares, doloridas e que coçam;
· Nódulos na pele;
· Inchaço nos gânglios linfáticos;
· Falta de ar ou tosse;
· Dor abdominal e de cabeça.
Tratamento
O câncer de pele deve ser tratado o mais rápido possível por um médico dermatologista para obter resultados satisfatórios.
Existem muitas opções terapêuticas para o tratamento do câncer de pele e a modalidade escolhida varia conforme o tipo, a localização e a extensão da doença. Os tratamentos mais comuns são:
· Cirurgias: o tumor é retirado junto com um pedaço de pele normal ao seu redor para remover todas as células cancerígenas. Existem muitas técnicas cirúrgicas que podem ser utilizadas conforme a indicação médica;
· Criocirurgia: um tipo de procedimento que promove a destruição do tumor por meio do congelamento com nitrogênio líquido. Pode ser utilizada em caso de tumores pequenos, porém, não é recomendável para tumores mais invasivos;
· Laser: remove as células tumorais usando, por exemplo, o laser de dióxido de carbono;
· Terapia Fotodinâmica (PDT): aplicação de um agente fotossensibilizante na pele lesada e após algumas horas, as áreas são expostas a uma luz intensa que destrói as células tumorais, com danos reduzidos aos tecidos sadios.
Além disso, a radioterapia, a quimioterapia, a imunoterapia e as medicações orais e tópicas são outras opções de tratamentos para o câncer de pele. Somente um médico especializado pode avaliar e prescrever o tipo mais adequado de terapia.
Prevenção
Alguns cuidados podem ser tomados para evitar o câncer de pele:
· Evitar tomar sol excessivamente, principalmente nos horários de pico, entre 10h e 16h;
· Usar protetor solar o dia todo;
· Usar bonés, chapéus e óculos escuros;
· Evitar bronzeamentos artificiais;
· Usar luvas quando utilizar produtos de limpeza;
· Ir regularmente ao médico dermatologista.